ATITUDES E PRECONCEITO

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Segundo Ana Bock, "para a Psicologia Social, diferentemente do senso comum, nós não tomamos atitudes (comportamento, ação), nós desenvolvemos atitudes (crenças, valores, opiniões) em relação aos objetos do meio social e as pessoas e que as atitudes possibilitam-nos certa regularidade na relação com o meio. Temos também atitudes positivas em relação a determinados objetos ou pessoas, o que nos predispõe a uma ação favorável em relação a eles."

Partindo dessa perspectiva podemos elencar o preconceito como uma maneira de desenvolvermos atitudes que tem sido considerada repugnante e desprezível por aqueles que entendem e percebem que o preconceito é um mau que estar enraizado na sociedade contemporânea e muito particularmente em nosso país. Assim como as atitudes em geral, o preconceito tem três componentes: crenças; sentimentos e tendências comportamentais. Crenças preconceituosas são sempre estereótipos negativos.

 Segundo Allport (1954) "o preconceito é o resultado das frustrações das pessoas, que, em determinadas circunstâncias, podem se transformar em raiva e hostilidade. As pessoas que se sentem exploradas e oprimidas frequentemente não podem manifestar sua raiva contra um alvo identificável ou adequado; assim, deslocam sua hostilidade para aqueles que estão ainda mais “baixo”na escala social. O resultado é o preconceito e a discriminação."

 É preciso portanto, desenvolver atitudes que venham contribuir para erradicação desse mau estabelecido e que tem raízes profundas. Pois o preconceito é o resultado de atitudes que estejam sempre ligadas a um conjunto de crenças e valores que o sujeito acredita serem verdadeiras em relação aos negros, possivelmente por pensarem que os mesmos sejam vagabundos, traiçoeiros e/ ou menos inteligentes do que os brancos, por exemplo.

Por Irany Passos